Como acompanhar todas as tendências referentes à segurança da informação? Não se preocupe, pois preparamos um resumo para você.
Neste artigo, vamos mostrar as principais tendências do setor que irão além de 2021. De uma vez só, você vai saber quais são as novidades da área de acordo com duas fontes importantes: Gartner e Forrester.
As principais tendências de segurança da informação dos próximos anos
Segundo ambas as consultorias, as estratégias e tecnologias que terão um forte impacto na indústria são:
1- Malha de segurança cibernética
No guia “Top strategic technology trends for 2021”, o Gartner aponta o crescimento expressivo da Cybersecurity Mesh, ou malha de segurança cibernética.
Esse termo se refere a uma arquitetura cibernética moderna, bem distribuída, escalável, flexível e confiável.
Nesse sentido, diante de um cenário onde os principais ativos e dispositivos de uma empresa não estão centralizados em apenas um local físico, essa estrutura fornece o nível de segurança necessário independente de onde estejam localizados os ativos.
Além disso, torna-se possível integrar todas as ferramentas, facilitando assim o gerenciamento, elaboração e implementação de políticas de segurança mais avançadas e personalizáveis, para suprir as necessidades únicas de cada empresa.
2- Conselho cibernético
De acordo com um estudo do Gartner, em 2025, 40% dos conselhos de administração terão um comitê de segurança cibernética supervisionado por um membro qualificado do conselho, contra menos de 10% hoje.
Segundo a consultoria, o risco relacionado à proteção de dados empresariais é classificado como o segundo maior, atrás apenas do risco de conformidade regulatória. Esse cenário é devido a poucos líderes sentirem que sua empresa está devidamente protegida de malwares, ransowares e outros tipos de ataques cibernéticos.
E é justamente por conta disso que o Gartner aposta que cada vez mais conselhos de administração formarão comitês exclusivamente dedicados à discussão de questões relacionadas à segurança da informação.
3- Consolidação de fornecedores
O Gartner apontou, em sua pesquisa de eficácia CISO 2020, que 78% dos líderes de segurança da informação possuem, em seu portfólio de fornecedores, 16 ou mais ferramentas cibernéticas. Já 12% afirmaram possuir 46 ferramentas ou mais.
O grande número de aplicações e diversidade de fornecedores faz com a segurança das organizações se torne muito complexa, o que aumenta os custos relativos à integração e os requisitos na contratação de colaboradores.
Além disso, os protocolos de segurança de dados são mais diversos, o que dificulta uma ação rápida em caso de ataques cibernéticos.
Portanto, diminuir e consolidar a base de fornecedores é um ponto principal no aumento da segurança da informação nas empresas.
4- Segurança de identidade em primeiro lugar
Visto por muito tempo como algo idealizado, a segurança baseada na identificação é hoje considerada uma das mais importantes tendências quando falamos em proteção cibernética.
Porém, para que essa tecnologia continue evoluindo e funcione como o esperado, se faz necessário uma enorme mudança no pensamento tradicional referente a LAN e design.
Nesse sentido, é fundamental que as empresas passem a investir mais em um monitoramento de autenticação eficiente para que seja possível detectar com mais facilidade os ataques contra essa infraestrutura.
5- Gerenciamento de identidades de máquina como um recurso de segurança crítico
Conforme a transformação digital avança, o número de identidades não humanas (dispositivos, aplicativos, computadores, serviços em nuvem dentre outros) cresce exponencialmente.
Segundo o Gartner, a área de Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM, do inglês Identity and Access Management) enfrenta uma mudança sem precedentes, o que torna essa tecnologia imprescindível para deter a violação de dados no presente e também no futuro.
6- O trabalho remoto agora é apenas trabalho
Segundo a pesquisa CIO Agenda 2021, do Gartner, 64% dos funcionários estão trabalhando em casa e 40% devem continuar assim no pós-pandemia. A Forrest também fortalece esse dado, indicando que o trabalho remoto deve aumentar 300% em comparação com os níveis pré-Covid.
Para ambas as organizações, o trabalho remoto é uma tendência tão forte que deve se consolidar como definitiva. Inclusive, o Gartner a nomeou de “Anywhere operations”, ou “operações em qualquer lugar” na tradução literal.
E essa mudança impacta diretamente nas políticas de segurança da informação e violação de dados das empresas.
Isso porque os serviços de proteção de endpoints precisarão migrar para a nuvem, terá que ocorrer uma revisão profunda nas políticas de proteção de dados e um investimento forte em Disaster Recorvery e Backup.
E essas mudanças se fazem necessárias porque é esperado um aumento nos ataques cibernéticos. De acordo com uma pesquisa da Forrester, a porcentagem referente a violação de dados vinculadas a ameaças internas deve saltar de 25% para 33% em 2021.
7- Simulação de violação e ataque
E para fortalecer os sistemas de segurança da informação, ferramentas de simulação de violação e araque (BAS) estão surgindo com força e devem ser uma importante tendência para os próximos anos.
Essas aplicações têm como objetivo fornecer testes e validações contínuas de controle de segurança para testar a postura defensiva da organização contra ameaças externas. Além disso, elas também oferecem avaliações especializadas para destacar os riscos existentes para ativos de alto valor e violação de dados confidenciais.
Desse modo, as empresas serão capazes de identificar imediatamente a eficácia dos seus sistemas e ferramentas de segurança, problemas de configuração e capacidade de detecção de ameaças.
Portanto, investir em segurança da informação é algo primordial para qualquer empresa que deseja se manter competitiva e atualizada no mercado. Além do mais, com as ferramentas certas a empresa não só reforça sua segurança de dados, como também se protege financeiramente, seja contra sequestro de informações ou multas provenientes de descumprimento da LGPD.
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